A preocupação com a questão ambiental é um assunto cada vez mais recorrente, principalmente no segmento da construção civil, já que este é responsável por até 40% das emissões globais
de CO2 e no Brasil responde pelo consumo de 21% da água tratada, 42% da energia
gerada e cerca de 60% dos resíduos produzidos. Embora a consciência sobre a
necessidade de um desenvolvimento sustentável ainda não esteja plenamente
difundida, houve uma rápida mudança cultural no mercado e hoje existe
significativa demanda por produtos e serviços de menor impacto ambiental.
No entanto, o assunto não está tão em alta exclusivamente pela conciência ecológica da sociedade: “Entre nossos clientes temos apenas um ou dois que abraçam árvores, os outros
exigem edificações de menor consumo de água e energia elétrica porque isso reduz
o custo operacional, torna o empreendimento mais competitivo no mercado de venda
ou locação e aumenta a velocidade de vendas”, afirma o consultor Anderson
Benite, diretor de sustentabilidade do CTE, empresa que oferece consultoria de
sustentabilidade para a certificação de empreendimentos.
Outro tipo de cliente é aquele que vai utilizar a edificação e busca também a
qualidade do espaço. “Nos Estados Unidos existem pesquisas que mostram que a
qualidade do ambiente de trabalho gera mais produtividade e reduz o afastamento
por doenças.
O empresário sabe que o custo da folha de pagamento é muito maior que o da
operação do prédio e investe na qualidade ambiental”, diz o diretor. Grandes
bancos e companhias no Brasil já exigem espaços certificados. Entre eles não
estão apenas os de origem estrangeira, como Google, Siemens, Barclay e Morgan
Stanley, mas também brasileiros como Vale do Rio Doce, Bradesco, Itaú, Banco do
Brasil, Petrobrás e Grupo Pão de Açúcar.
As certificações de sustentabilidade para edificações são sistemas de mensuração e funcionam como uma espécie de atestado que garante que as construções estão em acordo com parâmetros que visam redução do consumo do energia e de água e asseguram o conforto ambiental. Atualmente o Brasil soma cerca de 50 empreendimentos já certificados em acordo com um dos três principais sistemas de certificação em funcionamento.
As certificações de sustentabilidade para edificações são sistemas de mensuração e funcionam como uma espécie de atestado que garante que as construções estão em acordo com parâmetros que visam redução do consumo do energia e de água e asseguram o conforto ambiental. Atualmente o Brasil soma cerca de 50 empreendimentos já certificados em acordo com um dos três principais sistemas de certificação em funcionamento.
A certificação Leadership in Energy and Environmental Design (Leed) é
conferida pelo United States Green Building Council (USGBC). E no Brasil pela GBC Brasil. O primeiro edifício a ser certificado foi a agência de um banco na cidade de Cotia em 2007. A partir desse momento o assunto passou a ser mais difundido e hoje no Brasil há 32 edifícios certificados e 175 em processo de análise.
Em 2011 o Brasil desbancou o Canadá e tornou-se o quarto país em empreendimentos registrados para obter a certificação Leed, atrás apenas de Estados Unidos (20,9 mil projetos), Emirados Árabes (525 projetos) e China (427 projetos). O Canadá caiu para o quinto lugar, com 152 projetos.
Para alcançar a certificação, além de atender os sete pré-requisitos que são:
Espaço Sustentável; Uso Racional da Água; Energia e Atmosfera; Materiais e Recursos; Qualidade Ambiental Interna; Inovação e Processo de Projeto; e Créditos Regionais, o empreendimento também deve somar no mínimo 40 e no máximo 100 pontos e a partir destes serão classificados em Certificação Prata, Ouro e Platina.
Há também, a certificação Certificação brasileira concedida pela Fundação Vanzolini, Aqua, de São Paulo, é destinada a edifícios de escritórios, escolares, habitacionais e complexos esportivos multiuso.
No entanto, apesar do ritmo acelerado, o processo de certificações no Brasil e em muitos outros países estão sofrendo algumas dificuldades, dentre elas a falta de profissionais capacitados na área.
Outra dificuldade é a falta de incentivos públicos para acelerar as certificações. “O incentivo é dado pelo próprio mercado. O Procel Edifica, por exemplo, deve se tornar obrigatório, mas não prevê nenhum tipo de incentivo. O programa poderia ser vinculado à redução de tarifas, como vemos em outros países. Lá fora também há edificações com geração própria de energia elétrica e que vendem os excedentes para a concessionária pelo dobro da tarifa que é paga pelo consumidor. Aqui não é possível fazer isso, é proibido”.
Portanto está aí um assunto que ainda vai dar o que falar. Principalmente no contexto da Copa do Mundo, já que o BNDES está oferecendo linhas de crédito especiais, com juros mais baixos e prazos mais longos, para hotéis e estádios que façam a certificação ambiental.
Em 2011 o Brasil desbancou o Canadá e tornou-se o quarto país em empreendimentos registrados para obter a certificação Leed, atrás apenas de Estados Unidos (20,9 mil projetos), Emirados Árabes (525 projetos) e China (427 projetos). O Canadá caiu para o quinto lugar, com 152 projetos.
Para alcançar a certificação, além de atender os sete pré-requisitos que são:
Espaço Sustentável; Uso Racional da Água; Energia e Atmosfera; Materiais e Recursos; Qualidade Ambiental Interna; Inovação e Processo de Projeto; e Créditos Regionais, o empreendimento também deve somar no mínimo 40 e no máximo 100 pontos e a partir destes serão classificados em Certificação Prata, Ouro e Platina.
Há também, a certificação Certificação brasileira concedida pela Fundação Vanzolini, Aqua, de São Paulo, é destinada a edifícios de escritórios, escolares, habitacionais e complexos esportivos multiuso.
No entanto, apesar do ritmo acelerado, o processo de certificações no Brasil e em muitos outros países estão sofrendo algumas dificuldades, dentre elas a falta de profissionais capacitados na área.
Outra dificuldade é a falta de incentivos públicos para acelerar as certificações. “O incentivo é dado pelo próprio mercado. O Procel Edifica, por exemplo, deve se tornar obrigatório, mas não prevê nenhum tipo de incentivo. O programa poderia ser vinculado à redução de tarifas, como vemos em outros países. Lá fora também há edificações com geração própria de energia elétrica e que vendem os excedentes para a concessionária pelo dobro da tarifa que é paga pelo consumidor. Aqui não é possível fazer isso, é proibido”.
Portanto está aí um assunto que ainda vai dar o que falar. Principalmente no contexto da Copa do Mundo, já que o BNDES está oferecendo linhas de crédito especiais, com juros mais baixos e prazos mais longos, para hotéis e estádios que façam a certificação ambiental.
Fonte: Arcoweb
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